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Cirurgia DBS devolve qualidade de vida a pacientes com distúrbios do movimento

Os distúrbios do movimento incluem várias doenças neurológicas, dentre elas, as distonias, o tremor principal e a doença de Parkinson, que impactam intensamente na qualidade de vida das pessoas. Em alguns casos, o tratamento cirúrgico é uma boa opção de terapia. Uma técnica que tem sido cada vez mais utilizada, por ser mais eficiente e segura, é o implante de Estimulador Cerebral Profundo (DBS), que pode ser regulado para controle dos sintomas. O tema foi amplamente discutido no dia 02 de maio, no salão de eventos do restaurante Pobre Juan, em Recife, durante o jantar científico que abordou o “Tratamento cirúrgico dos distúrbios do movimento: indicações e procedimento”.     Durante o encontro, os neurocirurgiões Marcos Eugênio Bezerra, Arthur Lopes e Rafael Albanez, além da apresentação de casos clínicos, abordaram diversas particularidades sobre o estudo do movimento, as implicações do implante de DBS, como funciona o tratamento cirúrgico, além de mostrar como a cirurgia é realizada, principalmente a monitorização e as características do “halo de estereotaxia”. Os neurologistas clínicos presentes ao encontro tiveram a oportunidade de conhecer de forma prática, como funciona a bateria do dispositivo e como pode ser feita a programação do implante. Mesmo que não seja curativa, a cirurgia ajuda a prevenir os sintomas de tremor e rigidez, melhorando o cotidiano do paciente. Segundo o neurocirurgião Arthur Lopes, “a estimulação cerebral profunda (ou DBS – Deep Brain Stimulation, da sigla em inglês) é um dos possíveis tratamentos para alguns tipos de distonias. O DBS é indicado para pessoas com tremor essencial, distonia, que não respondem à terapia medicamentosa ou pacientes portadores de Parkinson que apresentam complicações com as medicações”, explicou. O especialista esclareceu ainda, que os principais candidatos à terapia de estimulação são pacientes com as distonias segmentares ou generalizadas, podendo ser idiopáticas ou hereditárias, as distonias cervicais e as distonias tardias. Pessoas mais jovens, com menor tempo de doença e com algumas alterações genéticas possuem melhor resposta à estimulação cerebral profunda. “O tratamento cirúrgico pode causar melhora dos sintomas, proporcionando melhorias nos distúrbios de movimento”, ressaltou o neurocirurgião.

Workshop reúne especialistas de diversos estados para conhecer na prática resgate e manutenção de FAV’s

“Resgate e manutenção de FAV,s para hemodiálise”. Este foi o tema do workshop promovido pela Medicicor em parceria com a BD e o centro de treinamento Angiorad, nos dias 26 e 27 de abril, no Real Hospital Português. O evento teve a organização científica da Tope Cursos Médicos e como principal objetivo fornecer bases teóricas e clínicas para identificação das falhas e complicações das fístulas (FAVs) de hemodiálise. A fístula arteriovenosa (FAV) é o acesso permanente mais utilizado para hemodiálise, por apresentar maior durabilidade no tratamento. O workshop foi ministrado pelos cirurgiões vasculares Douglas Cavalcanti, João Paulo Ayub, Marco Rivera e Tiago Matos, que demonstraram na prática as técnicas endovasculares e respectivos materiais para manutenção e resgate das fístulas. Na oportunidade, sete pacientes assistidos pelo Sistema Único de Saúde -SUS foram atendidos pelos especialistas que ministravam o workshop e realizaram angioplastias de fístula. O evento foi destinado a médicos convidados e especialistas, que além de aulas teóricas também promoveram discussões de casos editados, demonstração de materiais e casos ao vivo. Participaram do encontro cirurgiões vasculares e endovasculares dos estados de Fortaleza, Maceió, Paraná e Santa Catarina. Entre os tópicos abordados foram contemplados: “Papel do nefrologista na identificação da disfunção das fístulas de Hemodiálise”, “A importância da USG no manuseio das FAV,s”, “Balões de alta pressão e farmacológicos, fazem a diferença?”, “Uso dos stents recobertos na disfunção das FAV,s”, “Tratamento das estenoses centrais”, e “Manejo das complicações relacionadas aos cateteres de hemodiálise”. A gerente comercial, Natália Boone, realizou a apresentação dos Balões de Alta Pressão (Conquest e Atlas), Balão Semi Complacente (Ultraverse), Balão Farmacológico (Lutonix) e Stent Revestido (Covera). Segundo o cirurgião vascular e endovascular Douglas Cavalcanti o workshop foi um espaço interativo e oportuno para debater o tema, trocar conhecimentos e apresentar experiências na busca de um atendimento mais eficaz aos pacientes submetidos a angioplastia, implante de stents e trombectomia. O número de pessoas portadoras de doenças renais só aumenta nos dias atuais e é fundamental que estes pacientes tenham um bom acesso para a realização de hemodiálise e saibam lidar com a preservação da fístula arteriovenosa”, declarou.