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Crioablação Focal foi realizada pela primeira vez em Belo Horizonte


O Hospital Vila da Serra, localizado na cidade de Nova Lima, região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), realizou na segunda quinzena de novembro o primeiro procedimento de Crioablação Focal (Tecnologia Exclusiva da Medtronic). O procedimento, então inédito no Brasil, já é padrão nos Estados Unidos.


Estima-se que 2% da população sofra com fibrilação atrial. Até recentemente, o tratamento mais indicado – por oferecer mais segurança do que os medicamentos - era a ablação por radiofrequência, realizada por cateterismo. Apesar de disponível em alguns centros no Brasil, o procedimento é pouco usado principalmente por sua longa duração (cerca de cinco a seis horas).


Já a crioablação de arritmia cardíaca, também realizada via cateterismo, oferece a correção do ritmo cardíaco cauterizando as veias por meio de um balão à temperatura de -50º C, num procedimento de no máximo 2,5 horas.


O novo tratamento, mais simples e rápido, traz mais benefícios para o paciente: além da comodidade, está relacionado à menor taxa de complicações. Já nos pacientes pediátricos – nos quais não se usa o balão, apenas cateteres convencionais – a vantagem da crioablação é a reversibilidade da lesão, possibilitando ablações mais seguras em locais próximos ao sistema de condução, evitando bloqueio AV.


Além dos benefícios para pacientes, a crioablação é também mais interessante para os centros cirúrgicos e para o médico, que poderá realizar outros procedimentos no mesmo dia.

A cirurgia foi realizada pelo médico Arritmologista e Eletrofisiologista Ricardo Augusto Baeta Scarpelli, que contou com o apoio do Proctor em Crioablação Henrique Maia.


O procedimento de crioablação foi realizado em uma paciente com de 25 anos de idade, e foi um sucesso, pois a terapia aplicada reverteu à arritmia da paciente no primeiro pulso de aplicação. A paciente, após a cirurgia, foi para o quarto de internação e em pouco tempo recebeu alta hospitalar. A cirurgia foi realizada em curto período de tempo, 2 horas, com a paciente submetida à sedação e anestesia local.


De acordo com o Coordenador do Serviço de Eletrofisiologia e Arritmias Cardíacas do Hospital Vila da Serra e membro do Corpo Clinico do Biocor Instituto e do Hospital Mater Dei, Ricardo Augusto Baêta Scarpelli. "a crioablação pode ser definida como uma tecnologia que garante segurança e qualidade assistencial a paciente e a equipe médica. Trabalho desde 2004 com essa tecnologia e estamos sempre estudando suas características, pois ela é muito efetiva no tratamento de arritmias cardíacas, diferente da radiofrequência que causa uma queimadura no tecido", informou.


O cardiologista destacou também, que a "crioablação realiza uma queimadura pelo congelamento do tecido, e por isso o médico conta com um tempo de reversibilidade, que permite modificar a posição do cateter, em certos casos de arritmias, o que é muito bom, pois nos permite realizar o procedimento com tranquilidade e segurança, principalmente quando o paciente for uma criança ou adolescente. Trata-se de um tratamento de vanguarda", finalizou.

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